sexta-feira, 24 de fevereiro de 2017

Raptic 1 - Erian

Enquanto o Jorge se recuperava dos ferimentos, eu analizei os fragmentos que ele havia coletado. Eles eram um tipo de quebra-cabeça, e com certa facilidade montei uma pequena chave. Era a chave do espelho menor e ao virá-la, o espelho maior se abriu e ganhamos acesso ao terceiro andar da torre.

Subimos eu e o anão na frente e nos deparamos com uma figura que parecia ser nada menos que um dragão de ouro. As garotas sobem logo atrás e se assustam, a pequena é muito covarde. Pelo tamanho do dragão, ele parecia ser jovem, mas mesmo um dragão jovem é demais para o nosso grupo. Começo a me indagar se a criatura percebeu a nossa presença e a elaborar um plano de fuga, mas ela logo invade a minha mente, dizendo que provamos o nosso valor e que devemos nos aproximar para conhecer o grande Erian. O Jorge precisa aprender a lidar com telepatia (risos). Eu, então, me lembro dos meus estudos sobre criaturas exóticas e que dragões metálicos são naturalmente bons. Eu, então, sigo em frente e percebo que aquela figura era apenas uma ilusão. Quando todos se juntar a mim, o piso começou a flutuar e chegamos ao topo da torre. Foi então que eu vi algo que jamais imaginei.

Um dragão ancião! Erian é um dragão dourado ancião! O brilho de suas escamas era mais dourado que o ouro mais puro que o anão das cavernas mais habilidoso pode ter extraído em seu melhor dia! A cabeça dele era maior do que o meu corpo! As garras dele eram capazes de empalar um gigante! Comecei a tremer. Larguei o meu cajado e me ajoelhei involuntariamente em reverência, meus companheiros fizeram o mesmo. Que raiva! Por que eu estou tão apavorado?! Por que me humilhei dessa forma? Maldito seja você, Erian! Passado esse estado de choque, o dragão começa a falar. 

Primeiro, ele pergunta pelo que viemos, depois diz alguma bobagem sobre eu estar entre o bem e o mal e que vai nos entregar os livros, mas que teremos que abrir mão do que é o nosso maior bem. Eu me neguei a entregar o meu grimório. Eu dependo dele para ter a minha merecida vingança! Tenho um reino para destruir! Então, o dragão ameaçou a minha vida como se não fosse nada e eu fui obrigado a abrir mão do meu bem mais precioso. Desgraçado condescendente! Besta imunda! Ninguém me ameaça! Um dia, eu mesmo arrancarei a cabeça desse jacaré idiota! Essa largatixa imunda fala com propriedade sobre moral, mas prefere defender essas ruínas a fazer alguma coisa de verdade para salvar o mundo. Quando estava prestes a abrir a boca para dizer umas verdades ao dragão, fomos teleportados para fora da torre, junto com o meu grimório e os livros mágicos. Eu nunca vou te perdoar, Erian!

Nenhum comentário:

Postar um comentário