sexta-feira, 28 de outubro de 2016

Jorge 7 - Jorge, o urso!

O rei ficou super satisfeito com a maneira que nós derrotamos o monstro, e resolveu dar uns presentes pra gente. Todos ganhamos armas novas e um papel com escritos, até o mago ganhou uma espada, mas a visão desse cara tentando segurar uma espada curta não é bonita. O papel eu posso trocar por moedas de ouro. Agora ele veio me trazer uma mochila nova. Mas ele disse que é uma mochila de magia, e que eu posso colocar muitas coisas dentro da mochila, muita coisa mesmo. Então comecei a colocar uma espada, e ela ficou todinha dentro da mochila. Daí coloquei outra, e mais uma machadinha, e outra machadinha, e também a minha mochila velha, e o gato e a garrafa com água e.... Acabaram minhas coisas.

Então chega um pessoal trazendo os pôneis que usamos para viajar, e o rei diz que eles também vão ser de presente! Esse rei tá muito feliz mesmo! Dou umas palmadinhas carinhosas no focinho de Christofar, e pergunto ao rei onde posso falar com aquele padre de novo. Vou até ele e peço pra ele tirar a magia de maldição da minha espada amaldiçoada. Depois volto pra falar com o rei.

"Rei Thorim, todos vocês aqui sabem ler esses desenhos de palavras?". "Sim, sim, todos aprendem a ler desde crianças.". "Quanto tempo demora? Eu também quero aprender.". "Ora, demora muitos anos.". Então perco um pouco a coragem... "Bah, quem tem tempo pra isso?". E aí o rei me pede pra esperar um momento, e sai. Quando volta, ele me entrega um livro de aprender a ler sozinho. E eu decido que vou me dedicar bastante para aprender a ler.

Então me preparo para viajar de novo, rumo ao castelo de Erian.

Mas antes, preciso fazer um desvio. "Companheiros, como parte do meu treinamento preciso completar um ritual, gostaria de saber se me acompanham em uma pequena mudança de caminho.". Todos concordam, então explico que preciso procurar um urso, e uso meus conhecimentos de rastreio pra saber se existem ursos na região. Não consigo saber com certeza, mas ainda tenho uma alternativa. Pego meu gato, seguro com cuidado, e olho bem no tuím pra saber se é macho ou fêmea. Descubro que é uma fêmea! O nome dela vai ser Paçoca. Então faço uma prece à deusa, pedindo pra ela me deixar usar o faro da gata. Com o faro aguçado, sinto o cheiro de um urso.

Chegamos à entrada de uma caverna. Lá dentro posso ver um urso negro adormecido. Peço aos meus companheiros para esperarem, porque preciso fazer isso sozinho.

Me aproximo cuidadosamente, para não acordar o grande animal. Rezo para Alihana me dar a voz dos bichos. Converso com o urso. Digo "Irmão urso, preciso de sua força, vamos nos tornar um com a benção de Alihana!". O urso parece um pouco confuso, mas concorda com meu plano, do jeito dele. Preparo minha espada, que desliza sem resistência para dentro da nuca do meu irmão animal. Peço à deusa para me unir a esse fabuloso urso, para que ele possa viver em mim como minha força e minha resistência. Com uma faca, começo a trabalhar a pele do urso, para fazer um gorro com o formato da cabeça do urso. Enquanto recito minhas orações sinto todo meu pelo crescer, e minha pele se tornar mais grossa. Quando coloco meu gorro, sinto a resistência do urso se juntar completamente à minha. Eu e ele somos um, e somos o guerreiro de Alihana!

Saio da caverna, meus companheiros olham com um pouco de espanto, mas não dizem nada. Então seguimos viagem.

A viagem vai tranquila, todos montados nos pôneis e felizes. Paramos à noite para dormir. Durante a noite, acordo com um pequeno alvoroço. Uma névoa apareceu onde estamos. À frente, vejo um espantalho. Tô achando tudo muito estranho, e me preparo para a batalha. Ao redor, alguns arbustos SE LEVANTAM DO CHÃO POR VONTADE PRÓPRIA! É arvore que anda agora, minha gente. Estamos completamente cercados pela natureza (geralmente eu acharia isso bom), e não é pela natureza de Alihana não, a deusa não tem nada a ver com árvore assassina, de jeito nenhum. E aí lutamos contra esses monstros, o espantalho foi queimado pelo mago, deixou um cheirinho de palha queimada no ar, os arvoredos também acabaram morrendo um por um.

Alguns dias depois, sem nada de dramático acontecer, olhei muito pro meu livro de leituras, ele tem os desenhos das coisas e junto tem os desenhos dos escritos de como que lê o nome da coisa que tá no desenho antes do escrito com o nome... Isso... E aí demos de cara com um tipo de cidade muito estranha, o ar parecia estar pesado. Decidimos seguir a estrada por fora da cidade, quando fomos abordados por uma sombra! Sim, uma sombra, sozinha, sem a pessoa junto fazendo a sombra. Coisa de mágica, com certeza.

A sombra falou "Vocês estão entrando no domínio do Bul Anor, e precisam fazer um teste para passar, se não fizerem o teste ficarão presos, e se não passarem no teste ficarão presos, e se fizerem o teste e passarem no teste não ficarão presos!", alguma coisa desse tipo. Então tá, qualé esse teste? Várias outras sombras apareceram e atacaram a gente! Mermão, foi espadada pra todo lado! De repente no meio da luta eu senti uma ventania louca, e eu fui sendo arrastado pra longe da luta! SÓ EU! QUE QUE TÁ ACONTECENDO NESSE LUGAR? Em seguida a ventania parou, e eu voltei correndo pro meio da bagunça.

Depois da luta, a tal da sombra mãe deixou a gente passar, e fomos tranquilamente seguindo pela estrada, e eu continuei lendo o meu livro das palavras de anões, até que chegamos na beira de um deserto. Daqui, conseguimos ver o alto da torre de um castelo. Deve ser o castelo do mago louco. Vamos parar e discutir o que fazer, pra depois continuarmos a viagem.

sexta-feira, 21 de outubro de 2016

Jorge 6 - Conhecendo a realeza

Acordei junto com os outros, descansado o suficiente por ter dormido nessa caverna rusticamente aconchegante. Andamos por um corredor oposto ao qual havíamos entrado, e eis que à frente está uma porta fechada. Alguma coisa estava escrita, mas ainda não consigo decifrar. Isso tem me incomodado bastante. Na minha tribo não tinha que ficar decifrando escritos...

A patrulheira leu e falou na língua comum pra mim "floratil para sair, entradil para entrar", na língua dos elfos. Depois de discutir um pouco com a pequena ladina, elas chegaram à conclusão que tinham que dizer uma das palavras para abrir a porta. Passamos pela porta, e percebo que estamos novamente na cidade dos anões. Muito tempo parece ter se passado enquanto estávamos no labirinto. Resolvo ir em direção à cidade, e estão tendo uma festa, de novo em homenagem ao tal guerreiro poderoso.

Andando pela cidade, no meio de toda essa festança, um anão tropeça e esbarra e quase cai na patrulheira. É um anão muito bem vestido, com uma armadura preta impressionantemente forjada como obra de arte e detalhes em ouro. O anão pede desculpas pra patrulheira, e diz que seu nome é Clóvis, ou Clóggs ou Glog, tá muito barulho aqui... Ele é o príncipe da cidade, e o guerreiro poderoso de quem tanto se fala. E aí ele olha pra cara de cada um de nós, e diz que dá pra ver que somos aventureiros. Eu acho que depois de ficar um mês dentro de uma caverna, no máximo dá pra ver que a gente é um bando de sem teto, não fossem pelas armas, que a gente cuida muito bem. E aí ele fala que precisa de companhia pra próxima aventura dele, e que se a gente se interessar, ele conta pra gente o que é.

Decidimos que vamos andar com esse camarada, e aí eu percebo que estamos sendo seguidos na cidade. Uma criatura usando um manto comprido com capuz. Preparo minha funda pra atirar nele uma pedra. Acho que preciso praticar mais com a funda, porque a pedra foi diretamente pra cima, e caiu de volta na minha cabeça... Resolvi bolar um novo plano, percebendo, junto com a dor no cucuruto, que não ia dar certo o anterior. Viramos uma esquina, e fiquei de prontidão para agarrar o meliante, nem olhei se os outros estão prestando atenção. Quando o encapuzado apareceu, me joguei em cima dele com toda minha força. o capuz dele esvoaça na confusão. É um elfo! Me preparo pra bater no fulano, quando ouço uma voz esganiçada "por favor, não o machuquem, ele é a minha voz!".

Não sei o que fazer, viro minha cabeça de um lado pro outro tentando entender quem é e onde está esse sujeito, com essa voz estribuchada! Levo minhas mãos ao cabo do meu machado, e quando me dou conta, meus companheiros já estão com os olhos arregalados olhando pro Clóvis. Acho que o fulano pode estar escondido atras dele. E aí ele começa a falar com a voz desfrigonada! E explica que é uma vergonha ele ser um príncipe anão com voz de caixa de pregos, e que é um guerreiro treinado, mas tem medo de rirem dele por causa da voz...

OOOOOOKEEEEEY então... Esquisitão. Fiquei curioso pra saber como é que o mago sabe o que o Clóvis quer falar na hora...

Vamos ao castelo pra participar de uma refeição. Mas antes disso quero ver o ferreiro. Troquei meu machado grande e umas moedas douradas por uma espada muito grande, e também aprendi como funciona a tal espada mágica. Chegamos a conhecer o rei Thorin. A ladina perguntou a ele sobre a dica que recebemos ao encontrar o primeiro item que a dragonata pediu. O QUÊ? JÁ TEMOS UM? Onde foi que conseguimos? Ah, sim, a elfa morta. No meio de toda aquela confusão no labirinto, onde quase morremos algumas vezes, encontramos um colar e uma elfa morta, que desapareceu em fumaças assim que tiramos o colar. Também tinha um desenho na parede, que é a dica do lugar que precisamos ir, o castelo de algum outro mago... O rei Thorin nos disse que o nome da elfa era OPA, CHEGOU A CERVEJA! Agora sim essa festa tá melhorando! E também que o mago ME DÁ JAVALI AQUI! É ISSO AÍ!

Muita comida, muita bebida! "Opa Clóvis, chegaê, como que vai ser essa caçada lá? Como assim seu nome não é Clóvis? Ah, é Klogg... Tem certeza? Eita, as pessoas tão sendo transformadas em pedra?" Me lembrei do gatinho guardado na minha bolsa. Preciso descobrir quem está fazendo isso. Vai ser uma briga boa! Me inclinei sorrateiramente para olhar melhor esse cara. Ahá! Ele tem uma coisa enfiada na orelha. Será que é assim que ele conversa com o mago e fazzZZzzzZzZzZz... Não me lembro como saí da festa, mas acordei num quarto bem maneiro no castelo. Aliás, esse castelo é fenomenal, tô de cara.

Chegou a hora da aventura! Klogg pergunta se queremos andar ou se queremos cavalgar. Não vou perder a oportunidade de montar um animal da cidade! Ora, mas são pôneis... Achei que na cidade tivessem outros tipos de montarias. Nada a temer, sou bem conhecido de pôneis, lá em Durnmmantrku é a nossa montaria de escolha. Fechei meus olhos e busquei a luz de Alihanna dentro de mim. Pedi à deusa para me dar a oportunidade de conversar com suas criaturas, e pousei minha mão em seu focinho. Senti-me conectado àquele pônei majestoso, perguntei seu nome, e ele me disse Christofar. Pela nossa conexão momentânea, enviei minhas intenções de que não o faria mal, para que ele pudesse confiar em mim, e o montei.

Seguimos viagem junto com o Klogg e o mago magrelo que fala por ele. Viagem tranquila, numa passada boa, até chegarmos a um pântano. E é claro que somos atacados por lagartixas gigantes. O Klogg não consegue lutar em cima do pônei, deve ser esse peso todo de armadura que ele carrega. Já eu, leve, guio Christofar pela batalha, e torço para que seu espírito animal não se quebre frente às ameaças. A luta vai bem, apesar de demorada, e facilmente nos livramos desses monstros escamosos.

Algum tempo depois chegamos à entrada de uma grande caverna. É aqui que Klogg nos diz que vamos encontrar o culpado pela petrificação das pessoas e animais. Já é possível de fora ver algumas estátuas. Descemos dos pôneis, e entramos cuidadosamente nesse covil, sem saber o que vamos encontrar. Posso ver 3 ninhos, grandes, mas não o suficiente pra mim ou qualquer um de nós entrar. E é aí que somos emboscados. Duas serpentes saltam da terra e nos atacam. Essas serpentes não são problema pra nós, e não são o problema, porque cobras não transformam nada em pedra. E eis que ele aparece, e tem 8 patas, um rabo enorme, uma boca grande, e muitos espinhos nas costas.

Corro pra bater no monstro, e começo a sentir os braços pesados. Não consigo mover a espada o suficiente pra atacar. Tento uma segunda vez e... Agora sim vou te acertar seu filho de uma... Oi? Onde eu estou? Porque que tá todo mundo de lado?

Agora que passou um tempo, e o espírito animal deixou meu corpo, percebi que eu é que estava deitado de lado. Estou rodeado por meus companheiros, e também tem um padre aqui. O padre me disse que removeu a maldição de petrificação, que foi causada pelo basilisco. Eu devia ter protegido meus olhos, ao que parece. Aí uma das minhas companheiras me lembra do meu gatinho petrificado, e aí coloco ele em cima da mesa. O padre faz a reza dele, e fica pingando suor antes de conseguir salvar meu bichinho. Ele diz que essa maldição é muito maior que a que tinha caído sobre mim. Talvez essa jornada de salvação na qual a dragonata nos meteu passa pelo caminho de salvação desses animais petrificados. Tenho certeza que Alihanna ficaria muito feliz. Pego meu bichano e coloco de volta dentro da mochila.

sexta-feira, 14 de outubro de 2016

O Sonho de Jah'gga

Quanto tempo faz desde a minha prisão? Há quantos anos estou suportando essa tortura? Essa escuridão me impede de observar a passagem dos dias, quanto mais terei de suportar? Terá Torm me abandonado? Todos os dias peço alívio do meu sofrimento e não há resposta, Eles chegaram novamente, seus corpos distorcidos e defeituosos, mais uma tortura, mais uma vez a mercê dos deuses, acorrentada. Grito de dor, peço ajuda a Torm, Silêncio. Fui abandonada?

AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAHHHHHHHHHHHHH!!!!!! (Apagão)

Abro meus olhos, vejo os aventureiros que chamei usando parte da minha força, por um minuto vejo abaixo de mim a luva branca de Torm, ela desaparece e nos encontramos em uma caverna, não estou na plenitude de minhas forças, mas sinto que realmente posso confiar nessas pessoas para cumprirem a tarefa que hoje estou impossibilitada de cumprir.

Acho que o mago, Raptic seu nome, não confia muito em mim e me questiona sobre meus intuitos, falo a ele sobre o ressurgimento de Tiamat, a cruel deusa que se despertar destruirá todo o universo, mas ele num parece entender muito sobre os deuses, estranhos esses manipuladores de magia, compreendem como manipular os elementos e a matéria, mas não sabem sobre os deuses, ele pensa que nós que somos nascidos dos dragões estamos do lado da deusa Tiamat, simplesmente por sermos descendentes dos dragões, não entende que Tiamat apenas possui a forma de um e não que ela seja um dragão. Mas graças a Torm consigo convencê-lo de que estou do lado deles.

Caminhamos pela caverna, é estranho o quão frio está essa caverna, mesmo com minha armadura sinto o frio em meus ossos, andamos por alguns metros e uma estranha escultura se ergue na parede ao lado, uma curiosa fonte jorrando uma água que sobe em direção a uma boca, o mago entorta a cabeça e pouco depois me chama e diz para eu virar minha cabeça de lado, faço isso e vejo que é uma escultura de alguém que bebe da fonte. Água, quanto tempo não a vejo, em tão pura forma, meus olhos são atraídos por ela e junto minhas mãos para que eu possa beber dessa fonte. Tola, que tola eu fui, acionei algum mecanismo e agora inimigos surgem a nossa frente, são feitos de gelo, e lançaram alguma neblina no ar, agora não consigo ver mais nada ao meu redor. Uma leve movimentação no ar me faz perceber que fui ataca por um deles, não sei o que se passa com meus companheiros. Tento um golpe na direção que senti a movimentação mas não pude acertar nada, escuto uma certa distância a voz de Raptic e logo em seguida um barulho de queda, parece-me que a criatura caiu dormindo, começo a voltar, mas passado algum tempo as criaturas caem e a névoa se dissipa.

À nossa frente se encontra uma porta, ao entrarmos por ela nos encontramos em um salão em cujo centro está um altar, no canto superior direito uma criatura se move e vem em nossa direção, aparenta ser uma criatura em uma armadura de gelo, mas não parece haver vida dentro da armadura. Começo a lutar com ela, logo de inicio ela joga uma espada mas não em mim e sim na direção de um dos meus companheiros, casto a minha magia que obriga a criatura na armadura a duelar contra mim e voltamos ao combate, Enquanto estou lutando percebo a movimentação dos meus companheiros na luta contra a Espada que pelo que pude perceber não é controlada magicamente pela armadura, mas para minha frustração o mago ataca a criatura-armadura e com isso anula meu encantamento. Mas pela graça de Torm conseguimos derrotá-la.

O Salão que nos encontramos possui duas portas uma grande e outra menor no canto direito, mas o que chama meus olhos é o altar, em cima se encontra uma bacia rasa com uma fina camada de água e no centro da bacia se encontra um Anel, tento alcança-lo sem sucesso, e vou indo cada vez mais pra dentro da bacia, até que caio dentro dela e me encontro submersa. Por Torm, o que está acontecendo aqui? Como posso estar submersa em uma bacia que não possui mais do que 60cm de profundidade, só pode ser alguma magia, o que será que Torm quer de mim? Estou afogando!! Algumas bolhas de ar são a minha salvação e me permitem recuperar o folêgo.

Alguns segundos depois vejo o mago ao meu lado, fico feliz dele realmente ter acreditado em mim e mergulhar comigo rumo ao perigo. Um pouco a nossa frente se encontra uma draconata, semelhante a mim, ela está presa em uma redoma feita de corais, vou em direção a ela, quando me aproximo dois tubarões surgem e nos atacam. Consigo destruir facilmente um dos tubarões a tempo de me virar e ver que agora temos a companhia da Lorivana conosco e posso ver que ela consegue atacar o segundo tubarão que acaba por fugir. Irina não veio!! Nos aproximamos da cela em forma de coral mas, ao tocar na pessoa que ali se encontra ela desaparece, e somos arremessados para fora da bacia. Raptic consegue pegar o anel e fica com ele. No altar podemos ler a palavra Honra.

Nos movemos em direção a porta maior, mas ela está fechada e não pode ser empurrada mesmo eu utilizando todas as minhas forças. Lorivana abre a porta menor, ao ver isso me adianto e passo por ela, qualquer que sejam os desafios que nos sobrevierem, devo ser a primeira a encará-los. Entramos todos pela porta e de repente estamos em uma campina, é possível sentir o aroma do campo e o calor do Sol diante de nós, um contraste tão grande com o intenso frio da sala anterior.

Algumas criaturinhas extremamente frenéticas começam a falar sem parar e a nos puxar nos pedindo auxílio numa guerra, elas são tão pequenas mas com tanta energia que não consigo entender nada do propósito pelo qual lutam, mas me disponho a ajudar. A única coisa que entendi é que elas estão em Guerra contra outras criaturas, e preciso carregar uma bomba até a torre inimiga enquanto meus companheiros tem funções diferentes na batalha. Um grande portão se abre um frenesi toma conta da situação, eu começo a me mover em direção a torre, os inimigos dessas criaturas são muito maiores do que elas, preciso ajudá-las com o meu máximo. Lorivana e Raptic num mecanismo mecânico me auxiliam e limpam o meu caminho, enquanto Irina atira com uma catapulta coisas que destroem ou atrapalham o inimigo ou que nos auxilia. Flechas são lançadas, uma delas me atinge mas consigo manter o equilíbrio e não soltar a bomba, mais flechas são lançadas a cada minuto. Chegamos ao portão maior e consigo empurrá-lo com a ajuda de Lorivana e Raptic em seus mecanismos estranhos. Eu e Raptic entramos pela porta, Lorivana fica para auxiliar a na batalha, começamos a lutar com as criaturas e abrir caminho em meio a elas. Escalamos a Torre e finalmente consigo colocar a bomba dentro dela, saímos correndo em fuga,a bomba explode e de repente toda aquela situação desaparece e nos encontramos novamente dentro da sala fria, sobre a porta que acabamos de entrar podemos ler agora a palavra Compaixão.

A Porta Maior continua fechada mas uma nova porta surge na parede do lado esquerdo da sala, Entramos por ela, no centro da sala que agora nos encontramos, está uma ampulheta e próximo a ela uma manivela, a porta da sala se fecha e percebo o tempo correr na ampulheta, como um impulso giro a manivela, a ampulheta reseta mas no processo surge uma criatura semelhante a um zumbi, mas é facilmente derrotada. Três vezes giro a manivela, e três vezes o tempo reseta e as criaturas surgem e as derrotamos. Os demais sugerem que eu permita que o tempo na ampulheta cesse, sinto uma certa preocupação com esse pedido, o que será de mim se algo ruim acontecer a essas pessoas que escolhi? Irá Torm me perdoar se por meu intermédio algumas delas cair? Sinto-me aflita com essa decisão, mas respeito o pedido do grupo, o tempo termina....E a Porta se Abre! Ao sairmos por ela, podemos ler Paciência. Acho que agora começo a entender, serão esses desafios lições que preciso aprender? Estará Torm me testando e me ensinando ao mesmo tempo? Preciso ser paciente em minhas torturas e aprender a confiar em Torm, perdoe-me pela minha falta de Fé!

Passado esse desafio, a grande porta se abre e nos encontramos em um corredor que parece seguir em 3 direções, como uma cruz e começamos a nos movimentar em direção ao ponto que corta o corredor em que estamos, uma criatura aparece, nunca havia visto nada parecido. A criatura conjurava tentaculos que podiam nos atacar e nos agarrar, eu decidi que iria atacar apenas aquele estranho ser, mas a cada ataque ela se teletransportava para outro lugar, estava ficando extremamente frustrada em meus ataques, mas depois de muita dificuldade, num último golpe dado por Irina, a criatura finalmente morreu. Uma última palavra foi destinada a nós, Coragem! Após isso, todos sumiram e acordei novamente sozinha em meus aposentos, mas dentro de mim algo havia mudado!

Jorge 5 - Sonhos turbulentos

Jorge dorme, e ao dormir sonha.

No sonho ele vê os companheiros passando por cavernas, e nadando em oceanos, lutando em guerras, e expulsando espíritos.

Enquanto isso, Jorge dorme. Ele não sabe que o sonho que ele vê não é dele, mas sim O Sonho de Jah'gga.

sexta-feira, 7 de outubro de 2016

Jorge 4 - O labirinto, parte 1

Guardei a espada bem guardada na minha mochila, e vambora. Quanto mais andamos nessas cavernas, mais perdidos ficamos. Meus companheiros estão ficando irritados, mas eu não, cavernas são legais.

A meio-elfa acaba de se lembrar que sabe onde estamos. Ela disse que o tal rei elfo mandou construir essas passagens como um labirinto, e que essa história é uma lenda antiga dos elfos. Não sei como ela sabe de lendas de elfos. No máximo ela devia saber só metade da lenda. Parece que ela tem razão, porque estamos em outro corredor sem saída, já é o terceiro. To indo tranquilamente, quando o elfo me puxa pelo ombro, e aí me mostra no chão um desenho brilhante. Calmamente ele explica que é melhor tentarmos nos desviar do caminho, mas eu joguei uma bala no desenho pra mostrar pra ele que não era nada.

E foi assim que começou uma briga contra três demoniozinhos.

Um corredor mal iluminado, estreito, e lutando contra demônios. Claro que vai dar tudo certo. Cê não faz ideia do tanto que esses capetas aguentam porrada. O pior é que agora eu é que tomei um arranhão deles. Nada de mais o arranhão, mas me deu uma fraqueza na hora, que eu nem sei explicar. Usei toda minha força de vontade pra não desmaiar, acho que esses malandros tem doença na unha, só pode ser. Argh, de novo me acertou esse puto! E agora tudo tá girando e apagando...

Acordei todo moído. Joguei pra dentro uma bebida mágica de fechar feridas, e comecei a me sentir melhor. Vamos andar mais nesse labirinto então, pra ver se encontramos algum sinal desses itens mágicos. Encontramos uma escada, e subimos, cuidadosamente abrindo a porta que estava no fim. Nada, mais corredores. No final desse corredor, uma sala com quatro monstrinhos pequenos. Pareciam feitos de fogo líquido. Se não estivessem se mexendo, teriam passado despercebidos. Estiquei meu braço e peguei pela roupa a pessoa mais próxima. E os fulaninhos pareciam não ligar de ver a minha cara ali. Então entrei na sala. Depois que o mago pisou aqui, foi que aconteceu a merda. Os caras ficaram completamente azinabrados, e ficamos os três presos contra a parede. Eu já estava um pouco irritado de ter apanhado tanto contra os diabos, aí agora eu enfureci de vez.

A briga vai mal, somos menos que eles, e eles não estão morrendo! O mago bateu o cajado no chão e fez um trovão acontecer aqui dentro, a patrulheira tentou esfaquear os monstros, eu cortei com o machado... E os monstrinhos cospem fogo e arranham com as unhas quentes deles. Quando vi que um deles ia morrer, por um momento quase sorri, mas aí ele explodiu e foi fogo líquido pra todo lado. E aí um deles soprou de novo, acertou a nós três... Dessa vez o mago e a patrulheira não resistiram, e eu os vi caindo, com cinzas por todo o corpo. Eu mesmo tentando me manter de pé, frente a esses cuspidores de fogo... Corri até a meio-elfa e atirei uma das minhas bebidas na goela dela, ela se levantou, mas não tínhamos chance. Foi quando o impossível aconteceu. Uma luz me cegou, e um grito de "NÃO!" quase me deixou surdo.

Abri meus olhos e os monstros tinham sumido. E a voz de novo, agora calma "vocês são meus protegidos...", e me lembro da tal dragoa presa que tá dizendo que temos que salvar o mundo. E agora estamos os três todos quebrados, queimados, cortados, caídos... Resolvemos descansar aqui mesmo, é um lugar tão bom quanto qualquer outro, afinal de contas.

Depois de descansados, seguimos ainda mais cautelosos pelo labirinto. Encontrei uma armadilha no chão de uma sala, também resolvemos não incomodar uma estátua que vimos por uma porta meio aberta, a patrulheira caiu em um fosso cheio de espinhos e por pouco não vira peneira...

Não muito tempo depois, encontramos uma passagem escondida, e entramos em uma caverna. Tá, eu sei, já estamos em uma caverna, mas é diferente. Essa caverna do Menegroth foi construída pelos meus irmãos anões, essa que entramos é uma caverna natural, linda e escura e enorme. Da entrada conseguimos ver uma parte de água, e além dela uma ruína. Como está realmente muito escuro, e não conseguimos ver onde a caverna termina, vamos em direção às ruínas.

Não é difícil passar pelo rio, e chegamos à ilha, e certamente fomos emboscados. Agora são aranhas gigantes, o que não foi tão ruim quanto os outros, nem de longe.

Pelo menos agora temos um lugar possivelmente seguro pra fazermos um acampamento.