Quanto tempo faz desde a minha prisão? Há quantos anos estou suportando essa tortura? Essa escuridão me impede de observar a passagem dos dias, quanto mais terei de suportar? Terá Torm me abandonado? Todos os dias peço alívio do meu sofrimento e não há resposta, Eles chegaram novamente, seus corpos distorcidos e defeituosos, mais uma tortura, mais uma vez a mercê dos deuses, acorrentada. Grito de dor, peço ajuda a Torm, Silêncio. Fui abandonada?
AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAHHHHHHHHHHHHH!!!!!! (Apagão)
Abro meus olhos, vejo os aventureiros que chamei usando parte da minha força, por um minuto vejo abaixo de mim a luva branca de Torm, ela desaparece e nos encontramos em uma caverna, não estou na plenitude de minhas forças, mas sinto que realmente posso confiar nessas pessoas para cumprirem a tarefa que hoje estou impossibilitada de cumprir.
Acho que o mago, Raptic seu nome, não confia muito em mim e me questiona sobre meus intuitos, falo a ele sobre o ressurgimento de Tiamat, a cruel deusa que se despertar destruirá todo o universo, mas ele num parece entender muito sobre os deuses, estranhos esses manipuladores de magia, compreendem como manipular os elementos e a matéria, mas não sabem sobre os deuses, ele pensa que nós que somos nascidos dos dragões estamos do lado da deusa Tiamat, simplesmente por sermos descendentes dos dragões, não entende que Tiamat apenas possui a forma de um e não que ela seja um dragão. Mas graças a Torm consigo convencê-lo de que estou do lado deles.
Caminhamos pela caverna, é estranho o quão frio está essa caverna, mesmo com minha armadura sinto o frio em meus ossos, andamos por alguns metros e uma estranha escultura se ergue na parede ao lado, uma curiosa fonte jorrando uma água que sobe em direção a uma boca, o mago entorta a cabeça e pouco depois me chama e diz para eu virar minha cabeça de lado, faço isso e vejo que é uma escultura de alguém que bebe da fonte. Água, quanto tempo não a vejo, em tão pura forma, meus olhos são atraídos por ela e junto minhas mãos para que eu possa beber dessa fonte. Tola, que tola eu fui, acionei algum mecanismo e agora inimigos surgem a nossa frente, são feitos de gelo, e lançaram alguma neblina no ar, agora não consigo ver mais nada ao meu redor. Uma leve movimentação no ar me faz perceber que fui ataca por um deles, não sei o que se passa com meus companheiros. Tento um golpe na direção que senti a movimentação mas não pude acertar nada, escuto uma certa distância a voz de Raptic e logo em seguida um barulho de queda, parece-me que a criatura caiu dormindo, começo a voltar, mas passado algum tempo as criaturas caem e a névoa se dissipa.
À nossa frente se encontra uma porta, ao entrarmos por ela nos encontramos em um salão em cujo centro está um altar, no canto superior direito uma criatura se move e vem em nossa direção, aparenta ser uma criatura em uma armadura de gelo, mas não parece haver vida dentro da armadura. Começo a lutar com ela, logo de inicio ela joga uma espada mas não em mim e sim na direção de um dos meus companheiros, casto a minha magia que obriga a criatura na armadura a duelar contra mim e voltamos ao combate, Enquanto estou lutando percebo a movimentação dos meus companheiros na luta contra a Espada que pelo que pude perceber não é controlada magicamente pela armadura, mas para minha frustração o mago ataca a criatura-armadura e com isso anula meu encantamento. Mas pela graça de Torm conseguimos derrotá-la.
O Salão que nos encontramos possui duas portas uma grande e outra menor no canto direito, mas o que chama meus olhos é o altar, em cima se encontra uma bacia rasa com uma fina camada de água e no centro da bacia se encontra um Anel, tento alcança-lo sem sucesso, e vou indo cada vez mais pra dentro da bacia, até que caio dentro dela e me encontro submersa. Por Torm, o que está acontecendo aqui? Como posso estar submersa em uma bacia que não possui mais do que 60cm de profundidade, só pode ser alguma magia, o que será que Torm quer de mim? Estou afogando!! Algumas bolhas de ar são a minha salvação e me permitem recuperar o folêgo.
Alguns segundos depois vejo o mago ao meu lado, fico feliz dele realmente ter acreditado em mim e mergulhar comigo rumo ao perigo. Um pouco a nossa frente se encontra uma draconata, semelhante a mim, ela está presa em uma redoma feita de corais, vou em direção a ela, quando me aproximo dois tubarões surgem e nos atacam. Consigo destruir facilmente um dos tubarões a tempo de me virar e ver que agora temos a companhia da Lorivana conosco e posso ver que ela consegue atacar o segundo tubarão que acaba por fugir. Irina não veio!! Nos aproximamos da cela em forma de coral mas, ao tocar na pessoa que ali se encontra ela desaparece, e somos arremessados para fora da bacia. Raptic consegue pegar o anel e fica com ele. No altar podemos ler a palavra Honra.
Nos movemos em direção a porta maior, mas ela está fechada e não pode ser empurrada mesmo eu utilizando todas as minhas forças. Lorivana abre a porta menor, ao ver isso me adianto e passo por ela, qualquer que sejam os desafios que nos sobrevierem, devo ser a primeira a encará-los. Entramos todos pela porta e de repente estamos em uma campina, é possível sentir o aroma do campo e o calor do Sol diante de nós, um contraste tão grande com o intenso frio da sala anterior.
Algumas criaturinhas extremamente frenéticas começam a falar sem parar e a nos puxar nos pedindo auxílio numa guerra, elas são tão pequenas mas com tanta energia que não consigo entender nada do propósito pelo qual lutam, mas me disponho a ajudar. A única coisa que entendi é que elas estão em Guerra contra outras criaturas, e preciso carregar uma bomba até a torre inimiga enquanto meus companheiros tem funções diferentes na batalha. Um grande portão se abre um frenesi toma conta da situação, eu começo a me mover em direção a torre, os inimigos dessas criaturas são muito maiores do que elas, preciso ajudá-las com o meu máximo. Lorivana e Raptic num mecanismo mecânico me auxiliam e limpam o meu caminho, enquanto Irina atira com uma catapulta coisas que destroem ou atrapalham o inimigo ou que nos auxilia. Flechas são lançadas, uma delas me atinge mas consigo manter o equilíbrio e não soltar a bomba, mais flechas são lançadas a cada minuto. Chegamos ao portão maior e consigo empurrá-lo com a ajuda de Lorivana e Raptic em seus mecanismos estranhos. Eu e Raptic entramos pela porta, Lorivana fica para auxiliar a na batalha, começamos a lutar com as criaturas e abrir caminho em meio a elas. Escalamos a Torre e finalmente consigo colocar a bomba dentro dela, saímos correndo em fuga,a bomba explode e de repente toda aquela situação desaparece e nos encontramos novamente dentro da sala fria, sobre a porta que acabamos de entrar podemos ler agora a palavra Compaixão.
A Porta Maior continua fechada mas uma nova porta surge na parede do lado esquerdo da sala, Entramos por ela, no centro da sala que agora nos encontramos, está uma ampulheta e próximo a ela uma manivela, a porta da sala se fecha e percebo o tempo correr na ampulheta, como um impulso giro a manivela, a ampulheta reseta mas no processo surge uma criatura semelhante a um zumbi, mas é facilmente derrotada. Três vezes giro a manivela, e três vezes o tempo reseta e as criaturas surgem e as derrotamos. Os demais sugerem que eu permita que o tempo na ampulheta cesse, sinto uma certa preocupação com esse pedido, o que será de mim se algo ruim acontecer a essas pessoas que escolhi? Irá Torm me perdoar se por meu intermédio algumas delas cair? Sinto-me aflita com essa decisão, mas respeito o pedido do grupo, o tempo termina....E a Porta se Abre! Ao sairmos por ela, podemos ler Paciência. Acho que agora começo a entender, serão esses desafios lições que preciso aprender? Estará Torm me testando e me ensinando ao mesmo tempo? Preciso ser paciente em minhas torturas e aprender a confiar em Torm, perdoe-me pela minha falta de Fé!
Passado esse desafio, a grande porta se abre e nos encontramos em um corredor que parece seguir em 3 direções, como uma cruz e começamos a nos movimentar em direção ao ponto que corta o corredor em que estamos, uma criatura aparece, nunca havia visto nada parecido. A criatura conjurava tentaculos que podiam nos atacar e nos agarrar, eu decidi que iria atacar apenas aquele estranho ser, mas a cada ataque ela se teletransportava para outro lugar, estava ficando extremamente frustrada em meus ataques, mas depois de muita dificuldade, num último golpe dado por Irina, a criatura finalmente morreu. Uma última palavra foi destinada a nós, Coragem! Após isso, todos sumiram e acordei novamente sozinha em meus aposentos, mas dentro de mim algo havia mudado!
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